sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Universo está parando de fabricar novas estrelas, mostra levantamento.



Já não se fazem mais estrelas como antigamente. Um novo estudo mostra que 95% de todas elas já nasceram.
Também, pudera. Lá se vão 13,7 bilhões de anos, dos quais durante todo o tempo, salvo os 500 milhões de anos iniciais, o Cosmos vem fabricando novas estrelas.
A essa altura, a matéria-prima para a formação estelar --nuvens de gás-- está em vias de se tornar insuficiente para novas fornadas.
O trabalho, sob a batuta de David Sobral, da Universidade de Leiden (Holanda), teve observações de três diferentes instalações: o Ukirt e o Subaru, no Havaí, e o VLT (Very Large Telescope), no Chile.
Graças a essa combinação, astrônomos conseguiram observar diversas amostras de galáxias. Embora seja difícil distinguir estrelas individuais nesses casos, é possível analisar o espectro (a "assinatura" de luz) e identificar o nível de formação estelar. 

 Fonte: Folhaonline

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

QUESTÕES DE TERMODINÂMICA




sábado, 29 de setembro de 2012

Partículas Fundamentais





Mario Novello






Há diferentes hierarquias na caracterização das partículas microscópicas, algumas vezes também chamadas de partículas elementares. Recentemente, físicos que trabalham com altas energias iniciaram um procedimento de classificação diferente do tradicional, sintetizado a seguir de maneira compacta para melhor compreensão por parte dos leitores.

Nucleons (Próton e Nêutron) e Elétron

Prótons e elétrons são partículas fundamentais estáveis. Acredita-se que o próton positivamente carregado não deixa de ser próton nunca: isto é, ele jamais se desintegra em outras partículas. O mesmo fenômeno ocorre com o elétron negativamente carregado. O outro importante elemento do átomo, o nêutron, tem uma vida média baixa, da ordem de poucos minutos. Se ele aparece nesse esquema isso se deve à sua importância na construção dos elementos químicos do universo.

Méson-Sigma e Meson-Pi

São os responsáveis pelas interações da matéria hadrônica. O méson-Pi (ou píon) foi identificado por Cesar Lattes, Occhialini e Powels. Os outros dois cientistas receberam por essa identificação o Prêmio Nobel de Física. Independentemente do interesse que esse prêmio possa ter, ainda hoje uma boa parte da comunidade científica internacional considera-se injusta a ausência de Lattes em Estocolmo. O méson-sigma foi identificado recentemente por cientistas brasileiros.

Bósons Vetoriais

São os intermediários das interações fraca e eletromagnética. Foram detectados quatro bósons vetoriais que se identificam pelas letras W(+), W(-), Z e gama. Os dois primeiros são massivos e possuem carga elétrica. O bóson Z é neutro e sem massa e o gama é o fóton. Os três primeiros são os responsáveis por intermediar a interação fraca (a desintegração ou decaimento da matéria) e o fóton é o intermediário da interação eletromagnética.
Neutrinos

Junto com o elétron forma uma família à parte chamada lépton e estão sempre envolvidos nas interações fracas de desintegração. Além do estável elétron, existem dois outros léptons chamados múon e tau. Cada um desses dois léptons, assim como o elétron, dispõe de seu neutrino correspondente. Neutrinos podem ter tido um importante papel na história da evolução do Universo. Em 1972 o físico polonês B. Kuchowicz publicou uma importante resenha sobre o que chamou de o papel cósmico dos neutrinos. Um capítulo especial desse trabalho foi dedicado ao exame de uma possível dependência cósmica das interações fracas. Essa relação do mundo microscópico com a evolução do Universo segue a linha idealizada pelo físico inglês Paul Dirac e posteriormente defendida por César Lattes e outros que propuseram uma dependência (espaçotemporal) de todas as interações. Enquanto no caso das forças eletromagnéticas essa relação foi tentada apenas pela caracterização da dependência da carga do elétron com sua posição no espaço-tempo-proposta que ainda hoje se investiga – no caso das interações fracas essa dependência poderia ter outra forma. Sabe-se que a interação fraca viola paridade. Isso significa que aparece uma dependência nesses processos de decaimento que se distinguem pela reflexão especular. Isto é, a desintegração vista do lado de lá de um espelho, como diria Alice, não tem a mesma aparência da que ocorre do lado de cá. Essa violação da paridade é uma característica fundamental desse tipo de decaimento. A dependência cósmica a que me referi antes significaria que esse processo de violação da paridade seria acumulativo, dependente da evolução do Universo. Essa hipótese poderia ter relevância cósmica nos momentos de alta condensação do Universo onde se deu o processo chamado nucleossíntese de formação dos elementos químicos mais leves como o hidrogênio e o hélio. Essa questão poderia também lançar luz sobre outra que ainda hoje os cientistas não conseguiram resolver e que podemos simplesmente caracterizar pela pergunta: por que, no Universo, existe mais matéria do que antimatéria?

Sabemos que se o Universo fosse simétrico e, por exemplo, contivesse o mesmo número de bárions (matéria convencional) e antibárions, deveríamos explicar por que não se observa essa antimatéria. E, além disso, por que eles se separaram e não se aniquilaram ao longo da história do Universo? O cosmólogo brasileiro Ruben Aldrovandi examinou em sua tese de doutorado, na década de 70, a proposta defendida pelo físico francês R. Omnès sobre a teoria simétrica matéria/antimatéria no Universo, e desde então, têm aparecido várias propostas para explicar a origem do excesso de matéria bariônica (basicamente, os prótons) sobre os antibárions. O cientista russo A. Sakharov, que recebeu o título de doutor Honoris Causa da Universidade de Lyon por seus trabalhos relacionando o micro e o macrocosmos estabeleceu alguns critérios que deveriam servir de guia para entender esse desbalanceamento dos bárions. Passaram-se já mais de 50 anos e seu trabalho original ainda não foi implementado pelos físicos. Esse é um dos problemas que o cientista russo V. Ginzburg, em 1970, enumerou como uma das questões não resolvidas mais importantes da física e da astrofísica e que ainda hoje desafia os físicos.

Hierarquia no Microcosmos

Como em um conto de ficção, o cientista russo M. A. Markov elaborou um cenário para unificar o mundo micro e macro através da descrição da microfísica como se o interior de uma partícula pudesse ser descrito como um universo de Friedmann que se expande e colapsa. Markov conseguiu uma expressão formal capaz de descrever modelos cosmológicos do tipo universos de Friedman com uma extensão analítica para aquilo que poderíamos chamar de “seu exterior”, no qual esse universo seria assimilado a uma estrutura elementar, um átomo ou uma partícula elementar, espraiando-se em um meio exterior, o seu “environment”.

O mundo quântico passaria assim a ser representado como uma estrutura contínua. Uma configuração assim não é tão exótica como parece à primeira vista. Em uma interpretação da mecânica quântica proposta pelo físico francês Louis de Broglie e desenvolvida anos depois pelo inglês-brasileiro David Bohm, a estrutura básica do microcosmo pode ser interpretada como uma estrutura contínua no espaço-tempo. A proposta de Markov, construída há mais de 30 anos, não teve sequência maior e deixou apenas uma lembrança: a de que não sabemos como representar, em termos cotidianos, o que se passa no interior do que chamamos partícula elementar. A grande maioria dos cientistas considera essa questão simplesmente como um nonsense, algo mal formulada.

Fonte: scientifamericambrasil.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Cientistas descobrem partícula subatômica inédita


Cientistas anunciaram nesta quarta-feira (4/7/) a observação de uma partícula subatômica inédita até então. Eles acreditam que se trate do “bóson de Higgs”, a “partícula de Deus”, única partícula prevista pela teoria vigente da física que ainda não tinha sido detectada em laboratórios, e que vinha sendo perseguida ao longo das últimas décadas.
A nova partícula tem características “consistentes” com o bóson de Higgs, mas os físicos ainda não afirmam com certeza que se trate da “partícula de Deus”. Para isso, eles vão coletar novos dados para observar se a partícula se comporta com as características esperadas do bóson de Higgs.

 Fonte:G1

sábado, 9 de junho de 2012

VIDRO ULTRAFINO E FLEXÍVEL

Uma companha americana lançou um tipo de vidro ultrafino e flexível que pode ser "embrulhado'' ao redor de um objeto.
O produto, batizado de Willow Glass (Vidro Salgueiro) foi desenvolvido pela companhia Corning, a mesma empresa que criou o Gorilla Glass, usado em telas para telefones celulares.
De acordo com a Corning, o invento servirá não apenas para produtos como telas de smartphones, mas também para outros que não têm forma plana.
O vidro flexível foi mostrado pela primeira vez durante uma feira comercial realizada na cidade americana de Boston.
O protótipo exibido em Boston era tão fino quanto uma folha de papel.
A empresa afirmou que ele pode chegar a ter uma espessura de apenas 0,05 milímetro --bem mais fino, portanto, do que a espessura média das telas atuais de smartphones, que medem entre 0,2 milímetro ou 0,5 milímetro. 


DESCOBERTA DE JOBS
O material utilizado para fazer o Willow Glass é resultado do processo de produção de vidro da empresa, chamado de Fusion (Fusão).
O vidro ultrafino e flexível pode ser obtido ao se dissolver os mesmos ingredientes a uma temperatura de 500 graus e em seguida produzir uma folha contínua que pode ser desenrolada por meio de um mecanismo similar à que é usada no processo de impressão.
Acredita-se que no futuro o Willow Glass poderá vir a substituir o já amplamente utilizado Gorilla Glass, utilizado em diversos smartphones e tablets.
Em uma feira realizada em Las Vegas neste ano, a Corning já havia divulgado o Gorilla Glass 2, que ela disse ser 20% mais fino do que o produto original, mas dotado da mesma resistência.
A primeira geração do Gorilla Glass, lançado em 2007, já foi utilizado em mais de 575 produtos de 33 companhias cobrindo um número superior a 500 milhões de telefones móveis em todo o mundo.
FONTE: folhaonline.

domingo, 22 de abril de 2012

CINEMA 3D


Já assistiu a um filme em 3D? O que isso significa?
Quando falamos em 3D, estamos nos referindo às três dimensões: comprimento, largura e profundidade. Em um filme comum, conseguimos ver uma imagem bidimensional, já que a profundidade não é percebida. Já em um filme 3D, todos os objetos, cenários e constituintes do filme podem ser visualizados tridimensionalmente, como se fossem reais e se movimentassem ao nosso redor.
Para entender como funcionam os Cinemas 3D, é de suma importância entender como nosso cérebro enxerga as três dimensões. 
 
A visão em três dimensões (também chamada de esterioscópica) depende do fato de possuirmos dois olhos (ou seja, termos uma visão binocular). Você pode verificar que, ao fechar um de seus olhos, perderá grande parte da noção das distâncias entre os objetos. Isso ocorre porque os dois olhos captam a imagem do mesmo objeto de posições diferentes, devido à distância entre os olhos, ou seja, existe um desvio entre as imagens. Essas duas imagens são superpostas no cérebro, o que dá a sensação de tridimensionalidade. Uma pessoa que perde a visão de um dos olhos perde também um pouco da noção de espacialidade (é importante ressaltar que existem outros fatores que contribuem para a formação da percepção das dimensões).


O truque usado nos filmes 3D está em simular a natureza binocular da visão humana, criando duas imagens para uma mesma cena, utilizando-se para isso duas câmeras ou uma câmera com duas lentes. Além dessa mudança na filmagem, é necessário também algumas modificações na exibição, como, por exemplo, as imagens diferentes gravadas pelas lentes ou câmeras devem estar sincronizadas e a angulação deve assegurar que o que um olho enxerga o outro não vê. Para que isso seja possível, existem os óculos especiais para assistir a filmes em 3D, que tem a capacidade de filtrar essas imagens. 



 As imagens 3D das TVs e cinema podem existir em três formatos diferentes: anáglifo, polarizado ou Parallax.

3D Anáglifo (óculos com lentes coloridas, azul e vermelho): as imagens anáglifas incluem duas camadas de cor numa única tira do filme reproduzida por um projetor, sendo uma das camadas vermelha e a outra azul. As duas imagens, que possuem diferenças de perspectiva, são projetadas na tela simultaneamente, sendo uma imagem para cada olho. Para enxergá-la, é necessário utilizarmos um óculos com uma lente vermelha e a outra azul. Seu cérebro combina as imagens levando à percepção de uma imagem única e tridimensional. O esquema ao lado ilustra como ocorre essa formação. Apesar de bastante utilizado, nesse formato a coloração da "imagem final" não é precisa, e há relatos que esta tecnologia causa dores de cabeça, lesões oculares e náusea em algumas pessoas.
 
3D de óculos polarizados: esta tecnologia é mais cara que a anterior, no entanto não altera as cores originais dos filmes. Ela é baseada na polarização, e os óculos são feitos com lentes escuras. Aqui também é necessária a utilização de duas câmeras, uma que produz imagens para um olho, e outra para o outro olho. As duas imagens produzidas por cada camêra têm perspectiva e polarização distintas, e são projetadas ao mesmo tempo na tela. Os óculos possuem filtros de polaridade, permitindo que cada olho receba uma imagem, como se cada pessoa enxergasse a mesma coisa através de dois diferentes focos. Novamente, o cérebro age enganando nossos sentidos e forma uma terceira imagem (junção das duas anteriores), dando a impressão de profundidade à cena. O esquema ao lado ilustra como ocorre essa formação.


 
Barreira de Parallax (sem óculos):  esse método é o único que não exige um óculos especial. Aqui também existem duas câmeras (ou lentes) que produzem duas imagens com perspectivas diferentes, que são dispostas em uma tela simultaneamente, porém agora entrelaçadas – divididas em faixas verticais e exibidas alternando-se essas faixas. Um filtro, chamado de  “barreira de parallax” possui fendas pequenas e precisas que permitem que cada olho enxergue apenas uma das sequências de faixas, para cada perspectiva. A junção das imagens, feita por seu cérebro, cria a ilusão da tridimensionalidade. O esquema ao lado ilustra essa formação.
Gostou de saber mais sobre o cinema 3D? Que tal pensar qual o próximo filme que você vai curtir com essa tecnologia? Até breve!

 Fonte: clickideia.