O próton, uma das partículas fundamentais à construção da matéria no Universo, teve o volume reduzido em 4% de acordo com estudo de equipe de 32 cientistas coordenada por Randolf Pohl, do instituto alemão Max Planck.
Divulgado na revista Nature nesta quarta-feira (7), o trabalho lança um desafio à teoria da eletrodinâmica quântica, um dos alicerces da ciência atual, utilizada para explicar a interação entre luz e matéria.
O desejo da equipe de Pohl era confirmar uma previsão feita por estudiosos há 40 anos, somente possível de ser checada com a tecnologia disponível atualmente. O experimento é 10 vezes mais preciso do que qualquer outro já tentado.
Para fazer a medição, a comunidade científica sempre se valeu do atómo de hidrogênio, composto por um elétron e um próton. Ao adicionarem uma partícula conhecida como múon negativo, os cientistas obtiveram um material capaz de sondar o tamanho do próton com maior precisão.
Caso o estudo seja corroborado por experimentos posteriores, projetos como o do superacelerador de partículas CERN, na Suíça, precisariam considerar a diferença no volume da próton nos estudos para definir o Modelo Padrão, relação de partículas que compõem o Universo.