quinta-feira, 30 de julho de 2009

Novo Enem

Galera o INEP liberou um simulado com modelos de questões do próximo Enem. Uma análise superficial já me permite dizer que a próxima avaliação será mais difícil que as anteriores. Porém, nada que vocês, alunos de Brasília não estejam acostumados. Acho que a prova, caso tenha realmente o perfil das questões apresentadas no simulado, perdeu em qualidade. As questões estão diretamente voltadas a uma disciplina, perdendo assim o caráter interdisciplinar; algo que é a base das matrizes do PAS/UnB.
O que resta fazer? Estudar e quando tiver cansado, pare e volte a: estuuuuudar!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Estar por dentro de atualidades ajuda na redação do Enem, afirmam especialistas

O que deve ter uma boa redação?

A redação, segundo a professora Liliana, deve seguir, primeiramente, a estrutura do texto dissertativo, com a tese, a defesa da tese e a conclusão: "Escrever dessa maneira já é meio caminho andado. O que os examinadores querem ver é se o estudante consegue colocar suas ideias no papel, com argumentos sólidos, e sem fugir do tema".Uma bom início para uma redação de sucesso, segundo a professora, está no rascunho do texto. "É muito importante o rascunho, porque nele você tem a liberdade para ler mais uma vez, mudar. Não basta só elencar os argumentos em itens e escrever. É preciso fazer o esboço do texto e só depois escrever a caneta", diz.

Como se preparar?
Para se preparar para a redação, Liliana dá a seguinte dica: "O estudante tem que ter leitura; se ele não tem, não consegue redigir, porque não terá argumentos", diz. "A leitura de ensaístas que tratem de temas como educação, saúde, política, conflitos religiosos e raça, por exemplo, pode ajudar a formar bons argumentos na hora de fazer o texto"."Prestar bastante atenção nas matérias de história, geografia, filosofia e biologia também ajuda o aluno do ensino médio a ter repertório para a redação; assim, ele pode 'fazer a ponte' entre o que é ensinado e o que é pedido no Enem", diz.Outra dica da professora é treinar a escrita, tentando elaborar textos a partir de propostas anteriores do Enem ou dos grandes vestibulares: "Em casa, o estudante pode pegar os temas que já foram cobrados, procurar textos relacionados, construir seus argumentos e escrever. Se ele tiver boa vontade, há muito material disponível nas universidades, na internet".
Dois meses antes da prova
Repertório também é palavra-chave para um bom texto na opinião do coordenador de gramática, texto e redação do curso Anglo, Francisco Platão Savioli, junto com o domínio da língua portuguesa: "O conhecimento do código exige aprendizado de longo prazo. Mas para o repertório, quanto mais antenado o candidato estiver, tanto mais 'bala na agulha' para argumentar ele vai ter".Se você está por fora dos assuntos atuais há uma orientação: "Durante os próximos dois meses antes da prova, é bom dar uma lida nos jornais. Também vale acompanhar os programas de televisão mais analíticos", diz o professor. Na opinião de Savioli, o importante ao ler as notícias é estimular o poder de crítica - questionando os argumentos dos entrevistadores e dos textos.

Temas da redação do Enem
De acordo com Savioli, tentar adivinhar os temas cobrados na dissertação do Enem não ajuda em nada. "O conhecimento prévio do tema pode levar professores a prepararem todos os alunos da mesma maneira. Isso é fatal para a redação, pois ela é feita para avaliar a capacidade de construir um texto próprio e de ter uma reflexão personalizada", diz.Por sua experiência com vestibulares e com o Enem, Savioli divide os temas de dissertação em três grandes áreas:
· assuntos que tratam do indivíduo e temas filosóficos - por exemplo, realização profissional, felicidade, amor, paixão, depressão, estresse;
· a relação do indivíduo com a sociedade - por exemplo, política, solidariedade, relações de poder, cotas, preconceito racial;
· a relação do indivíduo com o universo biofísico - por exemplo, poluição ambiental, utilização de recursos não-renováveis, preservação do meio ambiente.
Fonte: UOL - educação

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Enem 2009 também será oportunidade para certificação no ensino médio

Assessoria de Imprensa do Mec O Novo Enem, reformulado neste ano, agregou novas funcionalidades. Além de ser usado nos processos seletivos de instituições de ensino superior e servir como critério de distribuição de bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni), o Novo Enem vai possibilitar que estudantes obtenham certificação no ensino médio. Para isso, o interessado em se certificar neste nível de ensino deve se inscrever e realizar a prova exatamente como os demais, para que depois, munido de seu boletim individual de desempenho, busque os caminhos formais para a certificação. A idade mínima para pleitear certificação por meio da prova do Enem é 18 anos. Enem 2009 será a única oportunidade do ano para certificação no ensino médio? O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) oferecia como prova para certificação, até o ano passado, o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). Este exame deixará de existir para o ensino médio, sendo oferecido neste ano apenas para o ensino fundamental. Portanto, para se candidatar à certificação do ensino médio, é necessário se inscrever ao Enem 2009 até o dia 17 de julho, e ter pelo menos 18 anos completos na data de realização da prova. As inscrições são realizadas exclusivamente pela Internet, no endereço http://enem.inep.gov.br/inscricao.
Quando se inscrever? As inscrições ao Enem 2009 vão até a próxima sexta-feira, 17 de julho, às 23h59.
Como se inscrever? Os interessados em fazer o Enem 2009 para obter certificação no ensino médio deverão seguir exatamente os mesmos procedimentos que os demais. As inscrições são feitas exclusivamente pela Internet, no endereço http://enem.inep.gov.br/inscricao.
Quando será a prova? As provas do Enem 2009 serão aplicadas nos dias 03 e 04 de outubro e estão estruturadas em quatro áreas do conhecimento: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias; e Ciências Humanas e suas Tecnologias, tal como as edições anteriores do Encceja. O exame será constituído por quatro provas, contendo 45 questões objetivas de múltipla escolha cada, mais redação.
As secretarias precisam aderir ao Enem 2009 como forma de certificação para que seus estudantes de EJA se inscrevam para fazer a prova ou eles devem se inscrever independentemente disso? Qualquer interessado pode se inscrever ao Enem 2009, independentemente de seu objetivo ou de algum tipo de adesão formal por parte das secretarias estaduais e municipais de educação. A relação com as secretarias de educação começa após a obtenção do boletim individual de resultados, pois cabe à secretaria estipular os parâmetros mínimos e emitir os documentos formais de certificação.
Qual será a escala de notas do Enem 2009? Qual a média de proficiência mínima para certificação, pelas referências técnicas do Inep?
A orientação dada pelo Inep sobre a pontuação mínima para certificação será determinada na escala de proficiência do Enem 2009, a ser apresentada posteriormente. Contudo, assim como nas edições anteriores, cabe às secretarias de educação definir a forma e os critérios de utilização das notas do exame, bem como a responsabilidade pela emissão dos documentos de conclusão do ensino médio.
O interessado na certificação vai receber boletim individual de desempenho idêntico ao dos demais participantes, na mesma data? O interessado em receber a certificação do ensino médio é um participante comum no Enem 2009 – o que muda é seu objetivo final: obter o diploma de conclusão do ensino médio. Como todos os outros participantes, receberá a partir da segunda quinzena de janeiro de 2010 seu boletim individual de resultados. Ele será entregue pelos correios no endereço que o candidato indicou no ato da inscrição. Para consultar os resultados individuais pelo site do Inep, serão necessários o número do CPF e a senha de acesso, cadastrados na fase de inscrição.
Munido de sua nota na prova do Enem 2009, como o interessado na certificação deverá proceder? Com o boletim de desempenho individual do Enem 2009 em mãos, o participante deverá se encaminhar à secretaria de educação de sua região para obter o diploma de conclusão do ensino médio. É de inteira responsabilidade das secretarias a emissão do certificado de conclusão. O boletim individual de resultados do Enem 2009 enviado pelo Inep somente atesta o grau de conhecimento do participante no exame, e não é válido como documento de certificação.
Se obtiver pontos suficientes para pleitear uma vaga num dos vestibulares que usarão a nota do Enem, como o certificando deve proceder? Com a certificação obtida na secretaria de educação de sua região, o participante do Enem 2009 poderá pleitear as vagas oferecidas pelas instituições de ensino superior e também as destinadas nos processos seletivos de cursos profissionalizantes pós-médios. Portanto, não haverá mais necessidade de realização de duas provas (Encceja e Enem) para ingresso em um curso superior, tal como nas edições passadas do exame. Vale lembrar que algumas instituições usarão o Enem como critério único para a seleção, outras adotarão o exame apenas como primeira fase, outras usarão como parte da nota, e, finalmente, algumas adotarão apenas para preenchimento das vagas remanescentes. No site do MEC os interessados poderão obter mais detalhes brevemente.
É possível obter certificação e não conseguir vaga na educação superior? Sim, pois são dois critérios distintos. Para obter certificação basta alcançar a pontuação mínima exigida pela secretaria de educação da região, mostrando que adquiriu as habilidades básicas exigidas para o nível médio. Para obter vaga na educação superior, além da nota há o número de vagas disponíveis como critério.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Já são quase 2,6 milhões de pessoas inscritas no Enem

Assessoria de Imprensa do Mec

Até as 17h desta terça-feira, 7/6, o sistema de inscrições ao novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) recebeu 2.550.196 adesões. Os interessados podem se inscrever até o dia 17 de julho, exclusivamente pela internet, na página eletrônica do exame. O Enem é destinado a concluintes do ensino médio de escolas públicas e privadas, egressos e candidatos à certificação (com idade mínima de 18 anos) dessa etapa do ensino. Veja o quadro por estados.

terça-feira, 7 de julho de 2009

DIGA NÃO AO CHUTE NO ENEM 2009


Folha Online, 23/06/2009 - São Paulo SP
Quem chutar no Enem terá pontuação menor, adverte Ministério da Educação RICARDO GALLO da Folha de S.Paulo

O Ministério da Educação adverte: não adianta chutar no Enem. Será possível identificar, com base no padrão das respostas de cada candidato, quem acertou aleatoriamente uma determinada questão. Mais: no cálculo da nota, o peso atribuído ao acerto do "chutador" será inferior ao dos que responderam de modo correto por dominar o tema. O sistema antichute é uma das características da TRI (Teoria de Resposta ao Item), adotada no novo Enem. Criado para substituir o vestibular nas universidades federais, o exame ocorre em 3 e 4 de outubro. Com a TRI, as perguntas são "inteligentes" --sabe-se o perfil de quem acerta com maior probabilidade as mais fáceis, as intermediárias e as difíceis. Isso ocorre graças a um banco com milhares de respostas de alunos que atualmente testam as questões do Enem. Além de estabelecer padrões de resposta, o teste também seleciona quais serão as 180 questões que comporão o Enem. Participam dessa etapa estudantes do segundo ano do ensino médio e universitários primeiranistas. Os alunos do terceiro ano do ensino médio, público-alvo do Enem, ficaram de fora --para não terem acesso a uma pergunta que possam encontrar no exame. É o padrão das milhares de respostas que revela o chute. Estatisticamente, quem erra questões mais fáceis não acerta as difíceis. Do mesmo modo, os que acertam as mais complexas não erram nas simples. "É assim que a TRI permite identificar prováveis chutes na hora de calcular a nota do estudante", diz Heliton Tavares, diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep (órgão do MEC responsável pelo Enem). O segredo: coerência - Com um mecanismo que detecta respostas fora do padrão, qual o segredo para ir bem em uma prova como a do Enem? Ter um índice de acertos equilibrado e "coerente", diz Tadeu da Ponte, coordenador do vestibular do Insper (ex-Ibmec-SP). A instituição adotou pela primeira vez a TRI no vestibular de 31 de maio. A vantagem, segundo ele: maior precisão para escolher candidatos --e um vestibular com um número menor de perguntas. Acertos - Também em razão da TRI, a prova do Enem não será avaliada pelo percentual de acertos, como em um vestibular convencional. Embora também leve em conta quem acerta mais, o exame atribui um peso a cada
pergunta ou grupo delas --assim, responder de modo correto oito em dez questões não representa 80% na nota final. Tavares usa o esporte para comparar os dois mecanismos: o vestibular clássico é o futebol, em que fazer gol vale um; o Enem, o basquete --em que é possível, a depender da distância, fazer dois ou três pontos. O resultado será específico para cada tema (português, matemática, ciências da natureza e ciências humanas). Não haverá nota, mas sim uma pontuação que, em uma escala, definirá o grau de habilidades e conhecimentos do aluno. O mais provável é que a escala vá de 100 a 500 pontos, diz o Inep. Sobre a divisão de questões, diz o diretor do Inep, é provável que o exame tenha 25% de fáceis, 50% de intermediárias e 25% de difíceis. Há necessidade de perguntas mais simples porque o Enem não será usado apenas como vestibular das federais. Servirá também para avaliar o conhecimento dos alunos que deixam o ensino médio, para aqueles que fizeram o antigo supletivo e para quem quer entrar no ProUni -programa que dá bolsas para alunos de baixa renda em universidades particulares.

Ensino médio de cara nova a partir de 2010

Metade dos estudantes que ingressam no ensino médio brasileiro não concluem os estudos. A cada ano, a média de jovens que abandonam uma das etapas da última fase da educação básica chega aos 20%, segundo dados do Ministério da Educação (MEC). Aliada às altas taxas de evasão, o déficit de 300 mil professores nas salas de aula amplia os números do descaso. Para especialistas, o quadro se agrava pelo reducionismo do modelo de ensino, onde alunos viram clientes durante a disputa por uma vaga na universidade.
Na tentativa de reverter a situação, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou, na última terça-feira, o novo currículo e projeto pedagógico para o ensino médio brasileiro. O documento, que há 12 anos vem sendo debatido no governo federal, aposta em orientações básicas para frear o declínio do ensino de jovens. São elas: aumento de horas aulas, autonomia na escolha de disciplinas, incremento nas atividades de leitura e laboratório, reforço nas atividades culturais e professores em tempo integral. A proposta busca tornar o sistema mais participativo e terá 100 escolas públicas como piloto a partir de 2010. O investimento inicial é de R$ 100 milhões.
Hoje existem 24 mil escolas de ensino médio no Brasil, das quais 17 mil são públicas. Nas carteiras dessas instituições encontram-se aproximadamente 10 milhões de estudantes, o equivalente à população do Rio Grande do Sul. Caso a proposta do MEC saia da teoria para a prática, a vida desses alunos vai mudar significativamente. Segundo especialistas, para melhor.
O coordenador do ensino médio da Secretaria de Educação Básica do MEC, Carlos Artexes, explica que as principais mudanças giram em torno de uma maior autonomia das escolas para a formulação do projeto pedagógico. “Queremos valorizar a singularidade de cada unidade e, por meio disso, estimular o protagonismo dos alunos”, comentou. Carlos se refere à proposta de que cada estudante escolha 20% das disciplinas oferecidas. “Incentivaremos a cultura e a literatura. O ensino deve ser mais atraente”, completou.
Outra ação para conter os índices de evasão escolar diz respeito à substituição do atual currículo – fechado em disciplinas fragmentadas – na organização do conhecimento em quatro grandes eixos: trabalho, ciência, tecnologia e cultura. “Queremos estimular a interdisciplinaridade, aproximar o conteúdo visto em sala do cotidiano”, afirmou Artexes. O coordenador ressalta que a mudança não representa o fim das disciplinas. “As aulas vão continuar, mas haverá mais articulação entre elas”, ressaltou. Para o especialista em Educação Básica e professor da Universidade de Brasília, Remi Castioni, a proposta valoriza a formação cidadã e humana dos alunos. “O atual sistema, em vigor há mais de uma década, é inadequado. Hoje, o objetivo do ensino médio é que o aluno passe no vestibular para gerar propaganda para escola”, observou. Ele explica que a flexibilização do currículo é uma tendência mundial. “No Brasil somos reféns de um único modelo. Na França, por exemplo, são 18, o que amplia as possibilidades de formação técnica e a entrada no mercado de trabalho”, comentou.

NA PRÁTICA - O coordenador de ensino médio do MEC, Carlos Artexes, explica que o novo currículo será implantado aos poucos. A responsabilidade por levar a proposta às escolas será das secretarias de educação estaduais. “Faremos contato com as unidades para divulgar a proposta. Conforme a aceitação, podemos rever o orçamento para incentivar a mudança”, comentou. Ele explica que algumas escolas já seguem as orientações, previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996 e na Resolução CEB nº 3, de 1998.
Segundo a Secretaria de Educação do Distrito Federal, boa parte das escolas que estão próximas ao novo modelo ficam na capital do país. “Desde 2000 ampliamos a carga horária para 3 mil horas/aula e implantamos a sociologia e a filosofia no currículo. Investimos na formação cidadã, mas sem perder a capacitação profissional”, observou a gerente de ensino médio, Julia Gama. O Centro de Ensino Setor Oeste, primeiro lugar entre as escolas públicas do DF no último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), é uma delas.
Aluno do 2º ano, Pablo Oliveira aprova a mudança. “Creio que é um bom caminho. Começamos a ter mais aulas práticas e já percebemos a interdisciplinaridade, mas ainda falta muito”, observou ele, que não perdeu a oportunidade de reclamar os laboratórios desativados por falta de professores. Para o diretor do Setor Oeste, Julio Gregório, a proposta só vai funcionar se as escolas tiverem autonomia. “Não se deve forçar a mesma grade para todos. Cada escola conhece a realidade que tem e como aproveita-la melhor”, concluiu.