A Universidade de Brasília (UnB) divulgou edital do 2º vestibular de 2011 da instituição para ingresso no próximo semestre. Serão oferecidas 4.016 vagas em 93 cursos de graduação distribuídos nos campi Darcy Ribeiro (Plano Piloto), Ceilândia, Gama e Planaltina. Do total de vagas, 796 são reservadas para o Sistema de Cotas para Negros.
As inscrições podem ser feitas entre os dias 2 e 19 de maio pelo site www.cespe.unb.br/vestibular/2vest2011, com taxa no valor de R$ 100,00 para candidatos e R$ 75,00 para treineiros. Os estudantes que não tiverem acesso à internet poderão utilizar os computadores disponíveis para a realização das inscrições, das 8h às 12h e das 13h às 17h (exceto sábado, domingo e feriado), em locais listados no edital de abertura da seleção.
Novidade
Nesta edição do vestibular, começa a valer a primeira de uma série de mudanças aprovadas pela Câmara de Ensino de Graduação (CEG) da UnB nas seleções para ingresso na instituição. Os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Direito, Administração, Ciências Contábeis e Ciências Farmacêuticas – oferecidos nos turnos diurno e noturno – terão classificação unificada para o conjunto de vagas nos dois turnos. O coordenador acadêmico do Cespe/UnB, Paulo Portela, explica que ao se inscrever, o candidato deverá definir o curso desejado e um turno prioritário para cursá-lo. Caso ele obtenha desempenho nas provas suficiente para estar classificado dentro do mínimo total de vagas do seu curso, ele já estará selecionado. “Os candidatos mais bem classificados ocuparão a vaga no turno desejado”, acrescenta ele.
Provas A aplicação das provas está prevista para os dias 11 e 12 de junho no Distrito Federal – em Brasília, Brazlândia, Ceilândia, Gama, Planaltina, Sobradinho, Taguatinga – e nas cidades de Formosa (GO), Goiânia (GO), Valparaíso (GO) e Uberlândia (MG). No primeiro dia, serão cobrados conhecimentos de Língua Estrangeira, Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa, Geografia e História, Artes (Artes Cênicas, Artes Visuais, Música), Filosofia e Sociologia. Nesse dia, também será cobrada a elaboração de uma redação em Língua Portuguesa. No segundo dia de provas, serão cobrados conhecimentos em Biologia, Física, Química e Matemática.
Habilidade específica
Os estudantes que tiverem interesse em ingressar nos cursos de graduação em Arquitetura e Urbanismo, Artes Cênicas (Bacharelado/Licenciatura), Artes Plásticas (Bacharelado/Licenciatura), Desenho Industrial (Bacharelado), Educação Artística: Música (Licenciatura) e Música (Bacharelado/Licenciatura) deverão possuir o Certificado de Habilidade Específica emitido pela UnB. Os candidatos que não tiverem o certificado dentro do prazo de validade, poderão participar da 1ª Certificação de Habilidade Específica de 2011. Mais informações no endereço eletrônico www.cespe.unb.br/vestibular/1he2011.
2º vestibular de 2011
Campi UnB Plano Piloto, Gama, Ceilândia e Planaltina
Inscrições: de 2 a 19 de maio, exclusivamente pela internet
Taxa: R$ 100,00 candidato
R$ 75,00 treineiro
Provas: 11 e 12 de junho
Locais de provas: Brasília (DF), Brazlândia (DF), Ceilândia (DF), Gama (DF), Planaltina (DF), Sobradinho (DF), Taguatinga (DF), Goiânia (GO), Valparaíso (GO), Formosa (GO) e Uberlândia (MG).
Campus Plano Piloto
Vagas: 3.344 vagas distribuídas em 83 cursos. Do total, 662 são reservadas ao Sistema de Cotas para Negros
Campus Planaltina
Vagas: 90 vagas distribuídas em dois cursos. Do total, 18 são reservadas ao Sistema de Cotas para Negros.
Campus Ceilândia
Vagas: 262 vagas distribuídas em cinco cursos. Do total, 52 são reservadas ao Sistema de Cotas para Negros
Campus Gama
Vagas: 240 vagas para o curso de Engenharia. Do total, 48 são reservadas ao Sistema de Cotas para Negros.
Fonte: Eu Estudante.
terça-feira, 26 de abril de 2011
domingo, 24 de abril de 2011
Tráfego aéreo mundial visto do espaço
O tempo deste clip é de 1m12s e representa as 24 horas de um dia inteiro de viagens de avião, internas e entre os continentes.
Aproximadamente cada segundo de filme, representa 20 minutos reais.
Cada pontinho amarelo é um voo com pelo menos 250 passageiros.
Note que os voos dos EUA para a Europa partem principalmente à noite, e retornam de dia.
Pela imagem que o sol imprime no globo, pode-se dizer que é verão no hemisfério norte.
Nos pólos norte e sul, não se observa a variação solar.
Observe a luz solar no mapa, indo da direita para a esquerda, ou seja, do Leste para o Oeste.
Aproximadamente cada segundo de filme, representa 20 minutos reais.
Cada pontinho amarelo é um voo com pelo menos 250 passageiros.
Note que os voos dos EUA para a Europa partem principalmente à noite, e retornam de dia.
Pela imagem que o sol imprime no globo, pode-se dizer que é verão no hemisfério norte.
Nos pólos norte e sul, não se observa a variação solar.
Observe a luz solar no mapa, indo da direita para a esquerda, ou seja, do Leste para o Oeste.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
UnB anuncia novas regras para vestibular e PAS
A Universidade de Brasília aprovou mudanças nas provas do vestibular e do PAS. As novas regras foram discutidas pela Câmara de Ensino de Graduação (CEG) e passam a valer para o primeiro vestibular de 2012 e para quem faz a primeira etapa do PAS no fim do ano. "O principal foco é aumentar a exigência do domínio da língua portuguesa, uma reivindicação que vem dos próprios cursos", explica a decana de Ensino de Graduação, Márcia Abrahão.
Apenas uma exigência vai passar a valer já para o próximo vestibular, o segundo de 2011: os candidatos aos cursos que possuem turnos diurno e noturno (Direito, Administração, Ciências Contábeis, Ciências Farmacêuticas e Arquitetura) terão uma concorrência única. Hoje, são duas disputas: uma para o diurno e outra para o noturno. Agora, os candidatos serão distribuídos entre os turno de acordo com a ordem de classificação. "Antes, os candidatos antes tinham que adivinhar qual turno teria nota de corte menor. Isso vem para corrigir uma injustiça", diz a decana. O edital do segundo vestibular de 2011 será publicado na semana que vem.
É importante ressaltar que os estudantes de ensino médio que já fizeram a primeira etapa do PAS não serão afetados. As mudanças que vão valer para o primeiro vestibular de 2012 e para a primeira etapa do PAS 2011 são as seguintes:
01. A redação passa ter caráter classificatório. Ou seja, a nota da redação será ponderada junto com as outras provas para o cálculo da nota final. No PAS, a redação valerá 10% do argumento da cada etapa. No vestibular, corresponderá a 10% do argumento final.
02. O candidato que não atingir 40% da nota máxima na redação será eliminado. No PAS, esse fator será considerado somente na soma das três etapas. Ou seja, se um aluno zerar a redação na primeira etapa, ainda pode se recuperar nas etapas seguintes.
03. Haverá redação em cada uma das etapas do PAS. Hoje, a redação só acontece na terceira etapa.
04. A UnB passa a aceitar recursos para as notas da redação.
05. O vestibular terá um mínimo de quatro questões discursivas (tipo D) para cada dia de prova. No PAS, serão no mínimo quatro para cada etapa. Essa mudança será gradual. No primeiro vestibular de 2012, por exemplo, devem ser apenas duas questões discursivas para cada dia de prova.
06. Pelo menos metade das questões discursivas vão envolver elaboração de textos em língua portuguesa.
07. Nessas questões, serão corrigidos aspectos microestruturais da escrita, como gramática e ortografia.
08. Os candidatos devem atingir 20% da nota máxima no conjunto das questões discursivas, ou será eliminado. No PAS, esse cálculo será feito apenas no final das três etapas. É importante ressaltar: as questões tipo D têm caráter classificatório e eliminatório.
09. Os critérios de eliminação em provas objetivas do PAS serão os mesmos do vestibular. Antes, o candidato do PAS tinha que atingir pelo menos 20% da nota mínima. Agora, só precisa acertar mais questões do que errar. Com isso, o processo seletivo do PAS nas provas objetivas fica menos rigoroso.
A decana Márcia Abrahão afirma que o aperfeiçoamento dos processos seletivos da universidade acontece de forma permanente. "Essas mudanças de agora foram sugeridas por uma comissão do Decanato de Ensino de Graduação, e agora foram aprovadas em colegiado", explica. "Com isso, reforçamos nossa intenção de termos candidatos mais preparados, principalente no domínio da língua portuguesa, e de aumentarmos a transparência do processo, abrindo chance de recursos na redação".
O edital da primeira etapa do PAS 2011 será divulgado em agosto. Já o edital do primeiro vestibular de 2011 deve sair em setembro, já contemplando essas mudanças. Quem tiver dúvidas pode se informar na Central de Atendimento do Cespe, no telefone (61) 3448-0100.
Fonte: Eu Estudante - Correioweb.
Apenas uma exigência vai passar a valer já para o próximo vestibular, o segundo de 2011: os candidatos aos cursos que possuem turnos diurno e noturno (Direito, Administração, Ciências Contábeis, Ciências Farmacêuticas e Arquitetura) terão uma concorrência única. Hoje, são duas disputas: uma para o diurno e outra para o noturno. Agora, os candidatos serão distribuídos entre os turno de acordo com a ordem de classificação. "Antes, os candidatos antes tinham que adivinhar qual turno teria nota de corte menor. Isso vem para corrigir uma injustiça", diz a decana. O edital do segundo vestibular de 2011 será publicado na semana que vem.
É importante ressaltar que os estudantes de ensino médio que já fizeram a primeira etapa do PAS não serão afetados. As mudanças que vão valer para o primeiro vestibular de 2012 e para a primeira etapa do PAS 2011 são as seguintes:
01. A redação passa ter caráter classificatório. Ou seja, a nota da redação será ponderada junto com as outras provas para o cálculo da nota final. No PAS, a redação valerá 10% do argumento da cada etapa. No vestibular, corresponderá a 10% do argumento final.
02. O candidato que não atingir 40% da nota máxima na redação será eliminado. No PAS, esse fator será considerado somente na soma das três etapas. Ou seja, se um aluno zerar a redação na primeira etapa, ainda pode se recuperar nas etapas seguintes.
03. Haverá redação em cada uma das etapas do PAS. Hoje, a redação só acontece na terceira etapa.
04. A UnB passa a aceitar recursos para as notas da redação.
05. O vestibular terá um mínimo de quatro questões discursivas (tipo D) para cada dia de prova. No PAS, serão no mínimo quatro para cada etapa. Essa mudança será gradual. No primeiro vestibular de 2012, por exemplo, devem ser apenas duas questões discursivas para cada dia de prova.
06. Pelo menos metade das questões discursivas vão envolver elaboração de textos em língua portuguesa.
07. Nessas questões, serão corrigidos aspectos microestruturais da escrita, como gramática e ortografia.
08. Os candidatos devem atingir 20% da nota máxima no conjunto das questões discursivas, ou será eliminado. No PAS, esse cálculo será feito apenas no final das três etapas. É importante ressaltar: as questões tipo D têm caráter classificatório e eliminatório.
09. Os critérios de eliminação em provas objetivas do PAS serão os mesmos do vestibular. Antes, o candidato do PAS tinha que atingir pelo menos 20% da nota mínima. Agora, só precisa acertar mais questões do que errar. Com isso, o processo seletivo do PAS nas provas objetivas fica menos rigoroso.
A decana Márcia Abrahão afirma que o aperfeiçoamento dos processos seletivos da universidade acontece de forma permanente. "Essas mudanças de agora foram sugeridas por uma comissão do Decanato de Ensino de Graduação, e agora foram aprovadas em colegiado", explica. "Com isso, reforçamos nossa intenção de termos candidatos mais preparados, principalente no domínio da língua portuguesa, e de aumentarmos a transparência do processo, abrindo chance de recursos na redação".
O edital da primeira etapa do PAS 2011 será divulgado em agosto. Já o edital do primeiro vestibular de 2011 deve sair em setembro, já contemplando essas mudanças. Quem tiver dúvidas pode se informar na Central de Atendimento do Cespe, no telefone (61) 3448-0100.
Fonte: Eu Estudante - Correioweb.
terça-feira, 12 de abril de 2011
Interceptações de rádio contam histórias de cosmonautas perdidos
A história reconhece Yuri Gagarin como o primeiro homem a ter viajado para fora da Terra, mas há quem duvide. E há argumentos para tal. Como o programa espacial soviético era muito fechado e não publicava informações, existe uma corrente que acredita que Gagarin tenha sido o primeiro a pousar com sucesso, mas que, antes dele, cosmonautas tenham morrido em missões fracassadas.
Essa crença se baseia em supostas interceptações de sinais de rádio que teriam sido emitidos de naves tentando estabelecer contato com as bases soviéticas em terra.
Os irmãos italianos Achille e Giovanni Battista Judica Cordiglia providenciam um rico material nesse sentido. Nas décadas de 1950 e 1960, por hobby, tentaram interceptar sinais que vinham do espaço – não só os da União Soviética, como também os dos EUA – e possuem uma vasta coleção de gravações. A história deles é contada no documentário de TV “I pirati dello spazio” (Os piratas do espaço), 2007, uma produção conjunta de Itália e França.
Com uma antena de rádio montada no telhado do prédio em que moravam em Turim, e com os aparelhos para escuta no quarto de dormir, eles começaram a captar os sinais em outubro de 1957. “Fomos os primeiros na Europa a escutar o famoso bip-bip”, conta no filme Giovanni Battista, referindo-se ao Sputnik, primeiro satélite lançado pela URSS.
No mês seguinte, os soviéticos mandaram ao espaço a cadela Laika, primeiro ser vivo a fazer tal viagem. E os irmãos Judica Cordiglia contam que interceptaram sinais deste lançamento também. Achille era estudante de medicina e identificou os batimentos cardíacos do animal. Para ter certeza, eles acordaram o pai – que era médico e professor universitário – e auscultaram seu cachorro de estimação para comparar os sons, conta o filme.
Cosmonautas perdidos
O dia 28 de novembro de 1960 trouxe as gravações que servem como argumento mais forte contra a versão de que Gagarin foi o primeiro homem no espaço. O Observatório Radioastronômico de Bochum, na então Alemanha Ocidental, comunicou que havia recebido sinais diferentes dos que costumavam vir dos satélites soviéticos.
Os irmãos Judica Cordiglia também captaram aqueles sinais, e ouviram também uma mensagem de SOS em código Morse. Baseando-se no efeito Doppler, eles perceberam que a nave estava se afastando cada vez mais da Terra, em vez de seguir a órbita.
O sinal de rádio compreendia, mais uma vez, o que eles afirmam serem sinais de vida. Segundo Achille, era possível ouvir respiração e batimentos cardíacos. Ele tocou a fita para um professor, que identificou os mesmos sinais.
“Dois dias depois, mais uma vez, a União Soviética anuncia que pôs em órbita uma nave espacial, desta vez de 7,5 toneladas, e que ela se desintegrou. Estranha coincidência”, questiona Achille, no documentário. Moscou sempre negou que tivesse sido um voo tripulado.
O histórico voo de Gagarin também está nos documentos dos dois irmãos. No filme, eles mostram uma gravação feita na manhã de 12 de abril de 1961, que afirmam ser de conversas entre o cosmonauta e o comando da missão em terra.
As gravações mostradas de 23 de maio de 1961 são as mais assustadoras. Em russo, uma voz feminina diz que está com muito calor, que vê uma chama e pergunta se a nave vai se destruir, antes de o sinal ser interrompido.
Os irmãos alcançaram fama na Itália por conta das gravações. Tinham espaço na mídia nacional e conseguiram verba para montar uma antena maior, numa colina, local mais apropriado que o telhado da casa dos pais. Chegaram a fazer uma visita à Nasa, como prêmio obtido num programa de televisão.
Suas atividades chegaram ao fim em 1965. Em 7 de abril, a Rádio Moscou, veículo oficial do governo soviético, afirmou que as gravações eram falsas e desmentiram as informações de que poderia haver cosmonautas perdidos. Segundo os irmãos, as afirmações da rádio foram uma vingança e uma tentativa de silenciá-los, porque suas descobertas “incomodavam".
“Teoria da conspiração"
A saga dos irmãos Judica Cordiglia, no entanto, não convence a todos. O astrônomo brasileiro Ronaldo Rogério de Freitas Mourão não acredita que alguém tenha viajado ao espaço antes de Gagarin.
Ele não entra no mérito da autenticidade das gravações dos italianos, mas classifica como “teorias da conspiração” todas as versões que questionam o programa espacial soviético.
“Essas histórias caíram em descrédito após a queda da "cortina de ferro', muitos segredos do programa russo vieram à tona e nada sobre esse assunto [foi abordado]”, explica Mourão. “O programa russo contou com diversos fracassos que eles não esconderam”, acrescenta o astrônomo, justificando sua posição.
Mourão diz ainda que as tentativas de interceptar sinais de rádio não eram somente por curiosidade, nem eram feitas somente na Europa. “Havia muita escuta, existia o interesse norte-americano em desestabilizar a União Soviética e esse tipo de informação não passaria despercebida”, acredita o astrônomo, que é taxativo: “Se houvesse alguém antes de Gagarin, nós teríamos o conhecimento”.
Tadeu Meniconi* Do G1, em São Paulo
Essa crença se baseia em supostas interceptações de sinais de rádio que teriam sido emitidos de naves tentando estabelecer contato com as bases soviéticas em terra.
Os irmãos italianos Achille e Giovanni Battista Judica Cordiglia providenciam um rico material nesse sentido. Nas décadas de 1950 e 1960, por hobby, tentaram interceptar sinais que vinham do espaço – não só os da União Soviética, como também os dos EUA – e possuem uma vasta coleção de gravações. A história deles é contada no documentário de TV “I pirati dello spazio” (Os piratas do espaço), 2007, uma produção conjunta de Itália e França.
Com uma antena de rádio montada no telhado do prédio em que moravam em Turim, e com os aparelhos para escuta no quarto de dormir, eles começaram a captar os sinais em outubro de 1957. “Fomos os primeiros na Europa a escutar o famoso bip-bip”, conta no filme Giovanni Battista, referindo-se ao Sputnik, primeiro satélite lançado pela URSS.
No mês seguinte, os soviéticos mandaram ao espaço a cadela Laika, primeiro ser vivo a fazer tal viagem. E os irmãos Judica Cordiglia contam que interceptaram sinais deste lançamento também. Achille era estudante de medicina e identificou os batimentos cardíacos do animal. Para ter certeza, eles acordaram o pai – que era médico e professor universitário – e auscultaram seu cachorro de estimação para comparar os sons, conta o filme.
Cosmonautas perdidos
O dia 28 de novembro de 1960 trouxe as gravações que servem como argumento mais forte contra a versão de que Gagarin foi o primeiro homem no espaço. O Observatório Radioastronômico de Bochum, na então Alemanha Ocidental, comunicou que havia recebido sinais diferentes dos que costumavam vir dos satélites soviéticos.
Os irmãos Judica Cordiglia também captaram aqueles sinais, e ouviram também uma mensagem de SOS em código Morse. Baseando-se no efeito Doppler, eles perceberam que a nave estava se afastando cada vez mais da Terra, em vez de seguir a órbita.
O sinal de rádio compreendia, mais uma vez, o que eles afirmam serem sinais de vida. Segundo Achille, era possível ouvir respiração e batimentos cardíacos. Ele tocou a fita para um professor, que identificou os mesmos sinais.
“Dois dias depois, mais uma vez, a União Soviética anuncia que pôs em órbita uma nave espacial, desta vez de 7,5 toneladas, e que ela se desintegrou. Estranha coincidência”, questiona Achille, no documentário. Moscou sempre negou que tivesse sido um voo tripulado.
O histórico voo de Gagarin também está nos documentos dos dois irmãos. No filme, eles mostram uma gravação feita na manhã de 12 de abril de 1961, que afirmam ser de conversas entre o cosmonauta e o comando da missão em terra.
As gravações mostradas de 23 de maio de 1961 são as mais assustadoras. Em russo, uma voz feminina diz que está com muito calor, que vê uma chama e pergunta se a nave vai se destruir, antes de o sinal ser interrompido.
Os irmãos alcançaram fama na Itália por conta das gravações. Tinham espaço na mídia nacional e conseguiram verba para montar uma antena maior, numa colina, local mais apropriado que o telhado da casa dos pais. Chegaram a fazer uma visita à Nasa, como prêmio obtido num programa de televisão.
Suas atividades chegaram ao fim em 1965. Em 7 de abril, a Rádio Moscou, veículo oficial do governo soviético, afirmou que as gravações eram falsas e desmentiram as informações de que poderia haver cosmonautas perdidos. Segundo os irmãos, as afirmações da rádio foram uma vingança e uma tentativa de silenciá-los, porque suas descobertas “incomodavam".
“Teoria da conspiração"
A saga dos irmãos Judica Cordiglia, no entanto, não convence a todos. O astrônomo brasileiro Ronaldo Rogério de Freitas Mourão não acredita que alguém tenha viajado ao espaço antes de Gagarin.
Ele não entra no mérito da autenticidade das gravações dos italianos, mas classifica como “teorias da conspiração” todas as versões que questionam o programa espacial soviético.
“Essas histórias caíram em descrédito após a queda da "cortina de ferro', muitos segredos do programa russo vieram à tona e nada sobre esse assunto [foi abordado]”, explica Mourão. “O programa russo contou com diversos fracassos que eles não esconderam”, acrescenta o astrônomo, justificando sua posição.
Mourão diz ainda que as tentativas de interceptar sinais de rádio não eram somente por curiosidade, nem eram feitas somente na Europa. “Havia muita escuta, existia o interesse norte-americano em desestabilizar a União Soviética e esse tipo de informação não passaria despercebida”, acredita o astrônomo, que é taxativo: “Se houvesse alguém antes de Gagarin, nós teríamos o conhecimento”.
Tadeu Meniconi* Do G1, em São Paulo
segunda-feira, 11 de abril de 2011
quinta-feira, 7 de abril de 2011
A PRIMEIRA FOTOGRAFIA DE MERCÚRIO
Depois da bem-sucedida inserção orbital da sonda Messenger da NASA em 17 de março, esta é a primeira e tão esperada foto do planeta Mercúrio. É uma imagem histórica, já que é primeira vez que uma sonda espacial registra a superfície repleta de crateras do planeta mais remoto planeta do Sistema Solar.
Nesta foto impressionante, destaca-se uma grande cratera conhecida como Debussy, com linhas claras que se estendem por centenas de quilômetros a partir do ponto de impacto. À esquerda da cratera maior está uma pequena cratera de impacto chamada Matabei, que exibe linhas mais escuras e irregulares.
A foto foi tirada às 5:20 da manhã (horário de verão no leste dos EUA), pela câmera do sistema de captação de imagens Mercury Dual Imaging System (MDIS), a bordo da Messenger. A sonda registrou e enviou outras 363 imagens para a Terra. Os novos dados estão sendo analisados e mais fotografias da superfície de Mercúrio serão apresentadas durante a coletiva de imprensa da NASA nesta quarta-feira.
FÍSICOS PODEM TER ACHADO NOVA PARTÍCULA FUNDAMENTAL DA MATÉRIA
Se um grupo de físicos americanos estiver certo, a humanidade acaba de topar com uma nova partícula fundamental --uma peça essencial do quebra-cabeças da matéria que, até agora, tinha passado despercebida.
A possibilidade vem de dados obtidos pelo Tevatron, acelerador de partículas que fica em Batavia, Illinois (meio-oeste dos EUA). Os físicos que avaliaram os dados trabalham no Fermilab, instituição onde o superacelerador está instalado.
O trabalho desse tipo de máquina é promover trombadas de partículas em níveis de energia altíssimos. No caso do Tevatron, as trombadas envolvem prótons (componentes do núcleo dos átomos com carga elétrica positiva) e antiprótons ("gêmeos" dos prótons com carga invertida, negativa).
Quando a pancada de partículas acontece, os prótons e antiprótons originais são aniquilados, e o que sobra são jatos altamente energéticos dos componentes menores dessas partículas.
É mais ou menos como jogar um computador no chão com força suficiente para que as peças se soltem. Depois, examinando as peças, tenta-se entender como ele estava montado e como funcionava.
Só que, no experimento coordenado pelo físico Giovanni Punzi, havia uma peça completamente inesperada. Os cientistas já conhecem um zoológico de partículas fundamentais, mas nenhuma bate com a energia dos jatos observados nos testes.
Então, que diabos seria aquilo? Um candidato é o misterioso bóson de Higgs, partícula prevista teoricamente mas nunca achada, que daria massa (o que chamamos popularmente de "peso") a outras partículas.
Punzi e companhia não apostam nessa hipótese. "Mas a massa do que eles viram até poderia ser compatível com o Higgs", avalia Ronald Shellard, do CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas), no Rio de Janeiro.
FONTE:CBPF
A possibilidade vem de dados obtidos pelo Tevatron, acelerador de partículas que fica em Batavia, Illinois (meio-oeste dos EUA). Os físicos que avaliaram os dados trabalham no Fermilab, instituição onde o superacelerador está instalado.
O trabalho desse tipo de máquina é promover trombadas de partículas em níveis de energia altíssimos. No caso do Tevatron, as trombadas envolvem prótons (componentes do núcleo dos átomos com carga elétrica positiva) e antiprótons ("gêmeos" dos prótons com carga invertida, negativa).
Quando a pancada de partículas acontece, os prótons e antiprótons originais são aniquilados, e o que sobra são jatos altamente energéticos dos componentes menores dessas partículas.
É mais ou menos como jogar um computador no chão com força suficiente para que as peças se soltem. Depois, examinando as peças, tenta-se entender como ele estava montado e como funcionava.
Só que, no experimento coordenado pelo físico Giovanni Punzi, havia uma peça completamente inesperada. Os cientistas já conhecem um zoológico de partículas fundamentais, mas nenhuma bate com a energia dos jatos observados nos testes.
Então, que diabos seria aquilo? Um candidato é o misterioso bóson de Higgs, partícula prevista teoricamente mas nunca achada, que daria massa (o que chamamos popularmente de "peso") a outras partículas.
Punzi e companhia não apostam nessa hipótese. "Mas a massa do que eles viram até poderia ser compatível com o Higgs", avalia Ronald Shellard, do CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas), no Rio de Janeiro.
FONTE:CBPF
terça-feira, 5 de abril de 2011
domingo, 3 de abril de 2011
sexta-feira, 1 de abril de 2011
CIÊNCIA BRASILEIRA
No curto intervalo de duas décadas, entre 1981 e 2000, o Brasil passou da 28ª para 17ª posição no ranking mundial de produção de ciência. Os dados, relativos à elaboração de artigos científicos, são do Institute for Scientific Information (ISI), entidade de reconhecido prestígio em bibliometria.
Nesta posição, o Brasil está à frente da Bélgica, Escócia e Israel, entre outros, e bem próximo da Coréia do Sul, Suíça, Suécia, Índia e Holanda.
O avanço da pesquisa científica brasileira, apesar de dificuldades históricas que ainda permanecem, resulta de iniciativas tomadas há meio século, especialmente com a constituição do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), principal agência nacional de fomento.
Nos anos 60, além da criação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), também foram implantados vários cursos de pós-graduação destinados à formação de novos pesquisadores. Desde então, novas agências estaduais de apoio à pesquisa foram instaladas e fortalecidas. E, em meados dos anos 80, a criação do Ministério da Ciência e Tecnologia enfatizou a política científica e definiu áreas estratégicas para investimento e apoio.
Entre as dificuldades que ainda emperram o desenvolvimento da ciência no Brasil estão a concentração das investigações em universidades e institutos públicos, com uma contrapartida pouco significativa da iniciativa privada, além do fluxo irregular de recursos financeiros.
Os cenários mais recentes, no entanto, acenam com perspectivas promissoras em relação a estas limitações. Empresas privadas estão se dando conta de novas perspectivas de negócios envolvendo pesquisa, desenvolvimento e aplicação. Do lado dos financiamentos públicos, os fundos setoriais – percentual de recursos obtidos com atividades como exploração de petróleo e energia elétrica, entre outros – devem ampliar sensivelmente os financiamentos destinados à pesquisa científica.
Por incrível que pareça, um novo desafio do Brasil é incorporar sua grande quantidade de doutores no mercado de trabalho. Um expediente usado até agora vem sendo a concessão de bolsas de pesquisa. Mas essa é uma situação improvisada que não pode continuar. As universidade públicas dispõem de cerca de 6 mil vagas, das quais apenas 2 mil deverão ser preenchidas no curto prazo. O país precisa dessa mão-de-obra altamente qualificada. Para que ela tenha um horizonte profissional é necessária maior audácia da iniciativa privada.
FONTE: Scientific American Brasil
Nesta posição, o Brasil está à frente da Bélgica, Escócia e Israel, entre outros, e bem próximo da Coréia do Sul, Suíça, Suécia, Índia e Holanda.
O avanço da pesquisa científica brasileira, apesar de dificuldades históricas que ainda permanecem, resulta de iniciativas tomadas há meio século, especialmente com a constituição do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), principal agência nacional de fomento.
Nos anos 60, além da criação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), também foram implantados vários cursos de pós-graduação destinados à formação de novos pesquisadores. Desde então, novas agências estaduais de apoio à pesquisa foram instaladas e fortalecidas. E, em meados dos anos 80, a criação do Ministério da Ciência e Tecnologia enfatizou a política científica e definiu áreas estratégicas para investimento e apoio.
Entre as dificuldades que ainda emperram o desenvolvimento da ciência no Brasil estão a concentração das investigações em universidades e institutos públicos, com uma contrapartida pouco significativa da iniciativa privada, além do fluxo irregular de recursos financeiros.
Os cenários mais recentes, no entanto, acenam com perspectivas promissoras em relação a estas limitações. Empresas privadas estão se dando conta de novas perspectivas de negócios envolvendo pesquisa, desenvolvimento e aplicação. Do lado dos financiamentos públicos, os fundos setoriais – percentual de recursos obtidos com atividades como exploração de petróleo e energia elétrica, entre outros – devem ampliar sensivelmente os financiamentos destinados à pesquisa científica.
Por incrível que pareça, um novo desafio do Brasil é incorporar sua grande quantidade de doutores no mercado de trabalho. Um expediente usado até agora vem sendo a concessão de bolsas de pesquisa. Mas essa é uma situação improvisada que não pode continuar. As universidade públicas dispõem de cerca de 6 mil vagas, das quais apenas 2 mil deverão ser preenchidas no curto prazo. O país precisa dessa mão-de-obra altamente qualificada. Para que ela tenha um horizonte profissional é necessária maior audácia da iniciativa privada.
FONTE: Scientific American Brasil
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